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Caso Bernardo: Conselho Federal de Medicina cassa registro médico de Leandro Boldrini

Cremers havia absolvido o médico Leandro Boldrini.

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11/02/25

às

23:32

NOTICIA 1

Crédito: Redação RS

A pedido do MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul), Leandro Boldrini teve o registro médico cassado nesta terça-feira (11) no processo ético-disciplinar do Conselho Federal de Medicina, em Brasília.

“Em uma decisão inédita, foi a primeira vez que um Ministério Público atuou administrativamente junto aos conselhos de medicina. O processo contou com a participação de 25 conselheiros, que votaram de forma unânime”, disse o MPRS.

Boldrini, que cumpre pena no regime semiaberto, foi condenado pelo júri a mais de 31 anos de prisão pelo assassinato do filho Bernardo Boldrini, em 2014, na cidade de Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul.

Em novembro de 2023, ele foi absolvido em um processo disciplinar conduzido pelo Cremers (Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul), fato que o possibilitou continuar exercendo a atividade profissional.

Após este fato, o MPRS recorreu junto ao Conselho Federal de Medicina e enviou uma petição de habilitação no processo ético-profissional. A sustentação foi feita pela promotora de Justiça Alessandra Moura Bastian da Cunha

“O dia de hoje é um dia emblemático em busca de justiça para o menino Bernardo Boldrini. A sociedade gaúcha, e especialmente Bernardo, necessitavam que o MPRS entrasse nessa briga. E, para isso, nós interpusemos um recurso junto ao Conselho Federal de Medicina, onde tivemos êxito por unanimidade na cassação do médico”, Alessandra.

“No dia de hoje, foi feita a sustentação oral das nossas razões e conseguimos demonstrar que o médico contribuiu e planejou o homicídio do filho e, não somente isso, utilizou dos seus conhecimentos da medicina para esse intento. Para além disso, este pai torturou essa criança e tortura é vedado também no código de ética médica”, completou a promotora.

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